Amanda Gomes Andrade acredita que é tempo de mudar, pois o Conselho
Regional de Medicina encontra-se sob administração do mesmo grupo há muitos
anos
Diante da determinação judicial para que ocorra novo pleito eleitoral
para o Conselho Regional de Medicina de Rondônia (CREMERO), a Chapa 2, vencedora no primeiro pleito realizado,
continua em campanha. Na semana que passou, membros do comitê foram para as
cidades de Ji-Paraná, Jaru e Ouro Preto do Oeste, tudo no intuito reafirmar as
propostas já firmadas, que possui como meta o bem-estar e o fortalecimento de
toda a classe médica no estado.
A Chapa 2 – Novo CRM tem como uma de suas principais metas, promover a
interlocução entre os médicos e gestores, pleitear vagas e participar
ativamente perante os Conselhos de Saúde, exigir melhorias das condições de
trabalho para o médico, favorecendo à população. Ademais, também vale salientar
o anseio do grupo em procurar o médico para ouvir as suas aspirações no próprio
local de trabalho, intermediando problemas que possam ser resolvidos com os
gestores.
Para Amanda Gomes Andrade, clínica-geral da Policlínica Ana Adelaide, o
tempo é de mudança. “Eu votei na Chapa 2 nas primeiras eleições e vou votar de
novo, sem sombra de dúvida. Não gostei do que fizeram com os membros da chapa
2, quando cancelaram as eleições”, ressaltou a médica.
Ainda de acordo com a médica, muitos membros que integram a
chapa de situação (Chapa 1) já fazem parte do Conselho há muito tempo, o
que prejudica o processo democrático de renovação de ideias do Conselho,
dificultando que o órgão se renove, avançando frente aos novos desafios que a
classe tem enfrentado. “A atual gestão já está no CREMERO há tempo demais, e o
continuísmo deve ser evitado. Isso não é bom, pois acaba tornando os membros do
Conselho inertes aos problemas. Quando as pessoas ficam muito tempo no poder,
elas acabam acomodadas, o que deixa tudo estagnado”, completou.
Neste período, jamais na história do Conselho, houve uma disputa
eleitoral tão acirrada e amplamente democrática, e logo nessa tão acirra
disputa a chapa vencedora não consegue tomar posse, o que poderá dificultar a
renovação da Autarquia, que precisa ser “oxigenada” em sua gestão.
Há de se dizer, também, que poucos foram os avanços realizados pela
atual administração. Prova disso, é a situação caótica do Hospital João
Paulo II, que encontra-se nas mesmas condições precárias há tempos, sem nunca
ter ocorrido uma ação eficaz por parte da autarquia fiscalizadora. Lembrando
que o CREMERO é órgão competente para fiscalizar, estando o mesmo com
legitimidade formal e material para agir em prol da sociedade, o que não vem
ocorrendo.
O Pronto Socorro, João Paulo II já foi citado na mídia nacional como um
dos piores hospitais do país. Tanto a imagem de Rondônia, quanto a da classe
médica ficam manchadas com este descaso. Sem contar a população que sofre
almejando por atendimento de urgência com qualidade.
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